sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Ataque a Cultura, precarizar e invisibilizar é o tom!



Aos meus colegas Músicos e Produtores e toda comunidade.
Quando esse desgoverno assumiu usei minhas redes para analisar seus primeiros atos, não mi senti chocado pois de onde não se espera nada, dai que não sai nada mesmo. Por isso me sinto a vontade, estamos desgovernados! Após passar a Cultura para o Ministério do Turismo e inviabiliza-la, manda uma MP que acaba com a arrecadação autoral nos hotéis e similares, navios e embarcações, em plena crise do setor da música ele manda mais destruição. Não basta nosso dinheiro perder o poder de compra, tem que diminuir a arrecadação?
A assinatura da MP, foi claro ataque a cultura e uma concessão ao Turismo, além de não debater as novas formas de arrecadação e sua legislação que não é cumprida, cede às pressões do setor do turismo.
O Ataque mostra que todos os setores que tem poder crítico, penetração popular e espaço de voz em mídia serão deslegitimados e precarizados.
A resistência dos artistas contra a ditadura nos anos 60 levou muitos ao exílio e a censura, hoje as grandes redes de comunicação exercem essa função, quando escondem essas notícias ou quando veladamente proíbem artistas e jornalistas de tratar desta precarização do setor de cultura.
As redes podem fazer a diferença neste momento sombrio.
Um Salve a todos!!!!

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Consciência Negra - 20 novembro





















Eu sou o primeiro ritmo a formar pretos ricos
O primeiro ritmo que tornou pretos livres
Anel no dedo em cada um dos cinco
Vento na minha cara eu me sinto vivo
A partir de agora considero tudo blues
O samba é blues, o rock é blues, o jazz é blues
O funk é blues, o soul é blues
Eu sou Exu do Blues
Tudo que quando era preto era do demônio
E depois virou branco e foi aceito, eu vou chamar de Blues
É isso, entenda: Jesus é blues
Falei mermo
Eu amo o céu com a cor mais quente
Eu tenho a cor do meu povo, a cor da minha gente
Jovem Basquiat, meu mundo é diferente
Eu sou um dos poucos que não esconde o que sente
Choro sempre que eu lembro da gente
Lágrimas são só gotas, o corpo é enchente
Exagerado eu tenho pressa do urgente
Eu não aceito sua prisão, minha loucura me entende
Baby, nem todo poeta é sensível
Eu sou o maior inimigo do impossível
Minha paixão é cativeiro, eu me cativo
O mundo é lento ou eu que sou hiperativo, oh?
Me escuta quem cê acha que é ladrão e puta
Vai me dizer que isso não te lembra Cristo
Me escuta quem cê acha que é ladrão e prostituta
Vai me dizer que isso não te lembra Cristo
Vai me dizer que isso não te lembra Cristo
Eles querem um preto com arma pra cima
Num clipe na favela gritando cocaína
Querem que nossa pele seja a pele do crime
Que Pantera Negra só seja um filme
Eu sou a porra do Mississipi em chamas
Eles têm medo pra caralho de um próximo Obama
Racista filha da puta, aqui ninguém te ama
Jerusalém que se foda eu tô a procura de Wakanda, ah
Música: Bluesman
Artista: Baco Exu do Blues

Eu ia escrever sobre ele e desisti!

Presidente Lula,

Eu ia escrever sobre ele e desisti, muitos jornalistas e intelectuais estão fazendo isso agora pois a Liberdade democrática abraçou esse incansável sindicalista, e isso me fez escrever sobre o povo que o acompanhou até hoje. Que indivíduos formam esse povo? Que força emana em fluxo contínuo? A militância é espelho? Qual é sua utopia hoje?
A holística talvez não seja suficiente, mas o exercício é necessário, e onde outros vem populismo ou um fanatismo é o ponto de partida pra dizer que povo Lindo, que mística, que fraternidade, que afeto. A voz do pequenino discriminado é acolhida, a da classe média articulada também, distância não separa, as realidades completam-se, culturas em harmonia, raças que se abraçam, e outras demandas se reconhecem iguais.
A humanidade e suas necessidades elementares a vida é posta a mesa, partilhada, socializada não pra se bastar, mas fazer o encontro entre os que não tem, com os que tem pouco, para que assim os que tem muito se cheguem e não tenham medo, pois entre esses o medo e o egoísmo é tratado, é encarado e contido até que maior seja a partilha, também na espiritualidade e no afeto.
A diversidade entre eles exercita as potencialidades de uma nova sociedade, buscando tecnologia, trabalho e renda, é um novo sujeito social querendo se reconhecer no outro, em coletivos indenitários, em partidos políticos e outros, também nas igrejas por sua reserva moral e de assistência. Nas Igrejas há um fenômeno de conservadorismo e fundamentalismo influenciada ora por suas lideranças, ora por “think tanks”, respondendo ao medo implantado pelo capital conservador. Mas há que se lembrar de Dom Helder Câmara, Dom Oscar Romero, Papa Francisco, M. Luther King e outros que resistiram em uma posição de fé profética e lealdade ao evangelho do Cristo.
A militância é espelho, é orgânica, é crítica mesmo quando lembrada por fanatismo ou Lulismo ela responde com a luta de classes e repudia a manipulação das elites, pensar, ser critico e ser livre não pode ser criminalizado ou cabresteado. Nunca se teve tanta honra de comer pão com mortadela nos atos, e na vigília comer alimentos produzidos pelo MST, cozinhar, e servir também os moradores de rua próximos a Vigília, lá também o pão espiritual, em todos os dias era partilhado, uma celebração inter-religiosa respeito à diversidade da fé do povo Brasileiro.
A Utopia que foi tão suprimida e criticada após a queda do Muro de Berlin e dos rumos da globalização proposta pelo capitalismo, agora esta em voga! Nunca os economistas que representam o capital falaram tanto em desigualdade, renda mínima, e desemprego estrutural. A revolução industrial 4.0 ainda não é possível, falta energia, falta internet mundial e saber oque fazer com metade da população mundial “os sem serventia” “os descartáveis”, o Papa Francisco esta promovendo a “Economia de Francisco” com jovens economistas para reencontrar esse caminho da Utopia que ele chama de “Sonho de um novo Humanismo” Essa talvez seja a utopia dos que seguem Lula e o Papa, repostas para ser dadas aos pobres da população mundial, que duvidam do caminho a pontado pelo mercado e pelo Neoliberalismo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A resistência também na Cultura!



A Cultura neste desgoverno, desprezada ou atacada?
Após a extinção do Ministério da Cultura, corte das Politicas Públicas, Censura ideológica, de Gênero, e de Fundamentalismo Religioso, transfere a Cultura para a pasta do Turismo onde certamente vai ficar negligenciada por sua diversidade multifacetada e entranhada em um país continental.  
Não bastasse a perda do poder de compra das famílias, ataca a produção cultural de forma inconsequente e irresponsável. Os trabalhadores, técnicos, artistas populares e mainstream, produtores e profissionais da cultura em todos os setores amargaram uma perda incalculável, o mercado vai encolher, a formação de plateias e consumidores de cultura sofrerá um hiato, a nossa memória ficará como uma página em branco, talvez seja essa a real intenção desse desgoverno destruir, e de novo destruir, assim como o Nazismo fez na Alemanha de Hitler...destruir, queimar livros e se apropriar da memória das pessoas!
Meus colegas da música e outros, até os que votaram nesta desgraça de governo estão indignados, revoltados com a destruição daquilo que consideram seu ganha-pão, peço a todos que se manifestem! Se não for possível publicamente, pois compreendo o momento de medo e perseguição, falem com os amigos, familiares, no bar, na escola, na universidade, na igreja, ou procure um jornalista e faça sua denúncia anônima, se não fizermos nada quem sofrerá será nossos filhos e netos. Sinceramente! Esperançosamente!

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Para pensar nas Lutas do Povo!


Uma Letra do Guacoloco
Mui Amigo - Feito para meu Filho João Henrique
Yo quero tomar tequila
Em plena copacabana
Sair com guaco amigo
Vestido a paisana
Deixar o cabelo crespo
Falar da luta cubana
Da sócio economia, da argentina comida e fama
Soy loco pelas ticas que é a ginga desse povo
Que anda sobre as minas colocadas para o novo
Jo quiero samba lê-lê, no brasil onde estou
Cavalo não vai em cana e os gringo que leva a grana
Não, Henrique, Henrique! Mui amigo!
No brasil onde estou, vejo um povo pacato
Tentando acertar mesmo se destorcem os fatos
Então vou lembrando dos tapetes puxados
Das plenárias vazias e processos arquivados
Sou um hombre de sorte
Não sou diferente, o que se planta colhe,
Mas quem planta está doente,
Mamacita estoy tranqüilo, pelo menos por enquanto.
Fazendo um som latino pra voltar no fim do ano.
Não, Henrique, Henrique! Mui amigo!


Egon Júnior, Moises Ruiz e 1 outra pessoa