terça-feira, 28 de abril de 2020

O Brasil invisível - por Fábio Emecê


Desnudaram-se a vista das pessoas ditas brasileiras que 48 milhões de pessoas solicitaram o auxílio emergencial de 600 reais, disponibilizado pelo governo federal para aplacar a crise financeira imposta em virtude da pandemia.


Quem são essas pessoas, que estão no limite do salubre e insalubre, da pobreza e indigência, da produção e da invisibilidade? A pandemia é cruel. Além dos efeitos viróticos e das taxas de mortalidade, evidencia o esquema programático de descarte das pessoas. Dentro das pretensas possibilidades de qualquer tipo de entendimento sobre cidadania, não se deram conta que existem, agora, oficialmente, 48 milhões de pessoas no limite dos acessos e assistências, no limite do que é a seguridade social e a inserção plena no conjunto de bens e serviços de uma sociedade.



A seguridade social consiste em 3 pilares básicos: Saúde, Assistência Social e Previdência Social, justamente como medida de amparo de cidadãos como doença, velhice, desemprego e outras variáveis de vulnerabilidade. O que essas 48 milhões podem nos mostrar, ou, pelo menos, deveriam nos mostrar? Um contingente de pessoas desamparadas por elementos que os deveriam tornar cidadãos plenos, como emprego formal, estabilidade financeira, formação técnica, segurança alimentar, moradia própria, saneamento básico, assistência médica plena e outras variáveis, que não deveriam deixar essas pessoas vulneráveis a ponto de precisarem e clamarem por um auxílio emergencial de valor esdrúxulo.



Outra coisa evidente é o modelo de sociedade no qual vivemos e defendemos, que permite a exclusão de 48 milhões de pessoas. Seres humanos que são potencialidades e transformadores com seus movimentos, caso fosse possível o desenvolvimento das potencialidades e movimentos.



A descartabilidade de pessoas não adequadas a ocuparem os postos de qualquer coisa oferecidas se tornou algum comum no nosso imaginário. Perceber o risco pela sobrevivência e todo o jogo retórico para se capitalizar um discurso de salvação ou de mudança, ora acreditando nos rumos da política pública atual ou numa mudança da política pública atual por uma outra qualquer.



Pessoas querem ser incluídas, querem comer todo dia, querem ser contempladas com o básico para se viver. Pois bem, que espécie de participação ou empenho democrático se espera de fato com essa exclusão da cidadania tão gritante? A pandemia escancara, mas haverá o pós e aí? Quais são nossas reais motivações para defender uma real seguridade pro real brasileiro?



O real brasileiro que o Brasil desconhece está na rua, jovem, preto, vendendo um poema milagroso para pessoas com dores diversas, sem máscara, com sua banca improvisada numa esquina e na outra esquina há uma jovem preta, sem máscara, com o violão, em frente ao boteco, fechado, com um chapéu, pedindo contribuições dos transeuntes mascarados, que vão aos bancos, mercados, farmácias e padarias. O Brasil é invisível de si mesmo…

domingo, 26 de abril de 2020

RECURSOS NATURAIS




Chamamos de recursos naturais tudo o que obtemos da natureza com os objetivos de desenvolvimento, sobrevivência e conforto da sociedade. São classificados como “renováveis” quando, mesmo explorados por algum tempo em determinado lugar, continuam disponíveis, e como “não renováveis” quando inevitavelmente se esgotam.

A vida humana depende dos recursos naturais – terra, água, florestas, recursos marinhos e costeiros – e de suas múltiplas funções. Tanto os seres humanos quanto os demais seres vivos, agora e no futuro, têm direito a um meio ambiente saudável, que forneça os meios necessários a uma vida digna.

Para isto, é preciso manter os ecossistemas, a biodiversidade e os serviços ambientais em quantidade e qualidade apropriadas. Não é possível pensar em um futuro para a humanidade sem construir uma relação adequada entre o homem e a natureza que o cerca. E essa magnífica variedade de formas de vida não pode ser vista apenas como “recursos naturais”,
sem a valorização dos inúmeros benefícios intangíveis que nos traz.

Autores coletivos

sábado, 25 de abril de 2020

Nossa frágil sociedade de consumo!




A saúde moribunda e atacada, o sistema em colapso, não conseguiu salvar vidas e me fez pensar que sociedade é essa?

A vida como maior bem da humanidade não deve ser contestada. Inverter valores, criar reservas de mercado, medicamentos, epis, máquinas, controle da pesquisa e do conhecimento, tudo da saúde é posse da Humanidade e gerido por ela, não pode ter dono, não é uma propriedade e se for deve ser quebrada.

Esta não vai ser última pandemia, nossa existência com muito menos conhecimento sobreviveu outras até aqui, certamente evoluímos menos como coletivo humano, o egoísmo, o lucro, e a ganancia ainda persistem.

Quando o centro de nossas vidas se põe no consumo, escapa a capacidade da simplicidade que é comum a todos, pois o consumo não tem limites, as demandas são desculpas para justificar o desejo que não pode superar o existir, a natureza, a vida.

Quando desaceleramos o consumo produzimos menos riqueza, acumulamos menos, vivemos iguais, não é que a vida fica desinteressante é porque cresce valores comuns, invioláveis e incomerciáveis, diminui a necessidade de representação, as relações são mais sinceras, simples. Viver como índios, apesar de todo preconceito, mostra o caminho para o “Existir”.

domingo, 12 de abril de 2020

É sobre a Páscoa de todo dia.




A páscoa de todo dia me faz sentir um aprendiz, muito mais leve do que minha consciência indica e menos mimimi que os sensores robôs condenam nos pensadores.

Se um robô te irrita aprenda de minha Mãe, 7.5 na carcaça, avidez e a criatividade em plena Revolução, mas não é surpresa pra mim talvez para outros, ela me saiu com está pérola, um cordel plenamente composto só faltando publicar.

Combinamos que na quarentena, no dia da páscoa, a família iria fazer uma live, nunca antes experimentada pela matriarca. Na hora combinada iniciamos e ela não conseguiu participar pois é uma migrante digital resistente, na segunda vez tivemos sucesso e foi uma páscoa perfeita, uma passagem festiva, com muita emoção, renovamos a esperança, a fé e nossos laços de família.

Depois lembrei que ela tinha dito na live: Fiz um desenho. Pedi para ela fotografar e mandar para a família por mensagem, demorou mas conseguiu. Eu não tinha a noção do efeito desse desenho, que era uma cena do almoço dela coma família, os filhos os netos, noras e genros, toda tecnologia que somos reféns e nos impõem uma cultura, um consumo e reduz a relação humana, ela solitária quebrou todos os paradigmas da tecnologia e da sensibilidade, apenas mostrou o desenho e disse: Almocei com todos vocês, e estou muito feliz porque hoje foi um dia muito alegre de páscoa. Fim.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

O contrato social esta no Liquidificador da crise.




Quem tá bem está na manutenção, o fudido quer mudança, o individualista se arrisca encaixar no sistema, todos vão perder mesmo com os Poderes muito abalados aqui e no mundo!

Não é uma mudança estrutural oque vai acontecer no pós-crise 2020, mas ignorar ou entrar em pânico não ajuda a apontar caminhos. Vejo os fundamentalistas e fanáticos inviabilizando o debate que pode levar ao aprimoramento da sociedade, dialogo não impede a manutenção do sistema, ele civiliza as relações.

Domesticar os fudidos não é o papel do sistema, ele já é o produto, então não é oque você faz contra o sistema, é oque você faz com os companheiros, colegas ou até concorrentes nesse processo, assim oportunista pode ser qualquer dos dois, menos o sistema que já esta posto e exerce sua força de cima para baixo, o oportunista usa mais o sistema que o fudido, diria que são um mesmo grupo e suas diferenças aparecem quando o contrato social é frágil.

Eu me pergunto o contrato social é produto do sistema? Sim e não! Sim por que o efeito que sentimos do sistema vem de sua estrutura. Não por que fazemos poucos ajustes, criamos poucas ferramentas, centralizamos e tiramos de nossa responsabilidade essas ações coletivas que aperfeiçoam o contrato social.

Enquanto o liquidificador esta batendo ainda temos tempo para refazer, temperar, organizar esse contrato social, a hora é agora, perdemos um tempo acreditando que quanto mais automatizado o contrato, mais moderno e eficiente seria, e isso falhou diante de uma sociedade egoísta e rentista. O desafio esta a nossa frente dialogar!!!


domingo, 5 de abril de 2020

Dia de esperança...Vai passar!


Domingo de Ramos, pra muitos um momento de fé e pra outros apenas descanso ou um dia comum, mas que sirva a todos e em especial aos católicos onde me incluo, lançar o olhar em nossa realidade e no evangelho de hoje onde gritamos Hosana filho de Davi! Depois gritaremos: Crucifica! Crucifica! Toda vez que deixamos o nosso amor ser manipulado estamos gritando Crucifica! Não permita isso, pois o amor é incondicional!

sábado, 4 de abril de 2020

O pobre propõe o Jejum da Ganancia!


Hoje o presidente e pastores pediram um jejum nacional para combater o corona vírus.

Na década de 80 as elites pra se desviar das criticas sociais falava que o PT vivia das misérias do Brasil, mas logo o tempo passou e provou com distribuição de renda e prosperidade que quem gosta de miséria são as elites e os Pastores Fundamentalistas e Padres Conservadores com a fé da idade média, pois essa condição fragiliza e torna fácil a domesticação e a exploração.

O PT melhorou a vida e a Educação, Lula sempre disse que o povo gosta de coisa boa, cansou de comer pé de galinha, que filé. A empregada tem o mesmo celular da patroa. Em Paris tinha muito brasileiro, muito pobre incomodando nos aeroportos. 

Não culpo o povo pelo GOLPE de 2016, mas culpo as elites e estes pastores fundamentalistas vendilhões e os padres conservadores que misturaram politica com religião para oprimir o povo, no meu tempo a teologia era a da libertação! Hoje a teologia é da Prosperidade, individualista, assimilou a meritocracia e dispensou a solidariedade.